A informação é da Folha de S Paulo. Segundo o advogado Musslim Ronaldo Vaz, Ibrahim era integrante do movimento Al-Gama;aal-Islamiya Egypt, que apoiava o ex-presidente Mohamed Mursi, deposto em 2013. Com a queda de Mursi, o partido foi criminalizado e alguns integrantes foram presos, mortos ou fugiram do país.
Conforme Vaz disse ao jornal, Ibrahim vive no Brasil desde 2017, é casado com uma brasileira e tem uma empresa de produção de mobiliários em São Paulo. De acordo com a defesa, o egípcio já esteve na PF para resolver questões ligadas à documentação no Brasil.
"Essa acusação de ligação terrorista não existe. Ele é tão somete um homem de um partido político que foi criminalizado e em nenhum momento atentou contra a nação norte-americana ou nenhuma outra nação", afirmou Vaz à Folha.
A defesa argumentou que não há acusação formal contra Ibrahim e que ele não deve ser enviado aos EUA, já que não cometeu crime no país norte-americano. E que, se ele for enviado ao Egito novamente, pode ser torturado e morto.
Procurado
O FBI divulgou a informação de que Mohamed estava sendo procurado na segunda-feira (12/8). Em nota conjunta, o Ministério da Justiça e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informaram que "o governo brasileiro está aberto a cooperar com as autoridades norte-americanas no que for solicitado, nos termos de nossa legislação, e está acompanhando o caso."
A denúncia é de que Mohamed esteve supostamente envolvido no planejamento de ataques contra os EUA e no fornecimento de apoio material para a Al-Qaeda.
Mohamed tem 42 anos e obteve autorização de residência no país, ou seja, ele está em situação regular no Brasil.