Preso na manhã de ontem pela Operação Segredo de Midas, da Polícia Federal, o empresário Eike Batista terá R$ 1,6 bilhão em bens bloqueados. A indisponibilidade é relativa a bens de Eike e de seus filhos, Thor e Olin Batista, sendo R$ 800 milhões por danos morais e R$ 800 milhões por danos materiais, informou a Agência Brasil.
O pedido, atendido pela 7; Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que deflagrou a operação em conjunto com a PF. Segundo o MPF, além da prisão temporária de Eike Batista, foi determinada a prisão preventiva de Luiz Arthur Andrade Correia, tesoureiro de Batista.
A investigação apura se houve crimes de manipulação de mercado e utilização de informação privilegiada. Segundo o órgão, as investigações começaram com as operações Eficiência e Hashtag, que revelaram que as contas utilizadas para o pagamento de propina ao ex-governador Sérgio Cabral foram usadas para manipular ações de empresas que tinham negócios com Eike Batista.
;O esquema utilizava a empresa The Adviser Investiments (TAI), com sede no Panamá, criada por Eduardo Plass e seus sócios, proprietários do TAG Bank. No curso das investigações, apurou-se que Eike e Luiz Arthur usaram a TAI para atuar ilicitamente nos mercados de capitais nacional e estrangeiros, a fim de manipular ou usar informação privilegiada de ativos que estariam impedidos ou não queriam que o mercado soubesse que operavam;, explicou nota do MPF.
Os procuradores desconfiam que a TAI funcionou como um ;banco paralelo; que atuava como uma ;instituição financeira que geria recursos de terceiros;, sem ter autorização legal para isso. Dessa forma, passava a falsa aparência para o mercado de que eram investidos recursos próprios, já que o real operador dos ativos era omitido. Em nota, o advogado de Eike Batista, Fernando Martins, informou que a prisão foi feita ;sem embasamento legal;.