O relator da MP da Liberdade Econômica, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), disse ao Correio que ;algumas mudanças estão previstas;, mas nada que altere a essência do projeto. Ele afirmou que será incluído no projeto o conteúdo da MP 876 (que caducou), que facilita a abertura e o fechamento de empresas.
Um integrante da equipe econômica explicou que, numa reunião ministerial nesta semana, alinhou-se possíveis pontos de inconstitucionalidade para serem apresentados aos deputados. De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a MP tinha pontos passíveis de serem contestados pela Justiça. ;Há um consenso sobre o tema, mas os congressistas terão de abrir mão de alguns aspectos acessórios. No Brasil, a liberdade precisa ser regra e não exceção, como é hoje;, destacou.
Outro desafio para a Câmara será a aprovação da reforma tributária. As discussões ainda precisam avançar na Comissão Especial para o texto ir a plenário. Até agora, pouco do que foi ponderado vai, de fato, entrar no texto do relator Hildo Rocha (MDB-MA). A ideia é fazer a redistribuição de competências tributárias.
A grande divergência na reforma tributária é a possibilidade de diminuir a alíquota do teto do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) de 27,5% para 25%. ;Outro problema é a inclusão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Se não, não adianta;, disse um dos integrantes da comissão que analisa o projeto.
Também será um desafio unificar as três propostas sobre o mesmo tema existentes no Congresso. Na semana passada, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que as casas legislativas concordaram em desenvolver, com o Ministério da Economia, um texto único que englobe todas as exigências dos poderes. Nos bastidores, é ponto pacífico que, se o governo quiser aprovar o texto ainda este ano, terá de ;forçar muito a barra;.