;Não existe um processo de democracia consolidado sem a participação das mulheres. Quando você olha para o congresso brasileiro, pela primeira vez na história nós temos 77 mulheres e eu já fui de um congresso em que éramos apenas 30. Isso porque a gente conseguiu aprovar uma lei que garante a participação e inclusive o financiamento para a campanha das mulheres, aí olha o resultado quando você incentiva e dá oportunidade.;, diz. Com o recente debate, a deputada pretende reacender um projeto de cotas no senado.
;Vou representar um projeto que eu tinha lá atrás que garante que nas disputas para duas vagas no senado, como foi na eleição passada, que uma vaga seja de mulher. É preciso democratizar os espaços para as mulheres também no senado da república com a cultura da igualdade;, alega defendendo que é ilegal a retroação de direitos conquistados.
[SAIBAMAIS]A deputada que já foi presidente da comissão de relações exteriores vê a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada de Washington como imoral. ;O presidente da tem mostrado que ele defende a família, mas defense especialmente a família dele. Eu não estou descredenciando o deputado Bolsonaro, ele pode até ser capaz, embora foi ele mesmo e o próprio presidente que fizeram chacota com o assunto. É possível que o filho dele esteja preparado, mas é imoral e o que Bolsonaro apresenta é tão absurdo que nem a legislação previu;, diz.
Questionada sobre os planos da esquerda para tentar recuperar a credibilidade, ela acredita em aliança com o centrão. ;É preciso trazer o centrão para o nosso lado como a gente tem tentado fazer na reforma da previdência e em um item e outro nós conseguimos. Por exemplo, foi esse centrão que nos ajudou a tirar alguns itens de exonerar a reforma,. É preciso reunir o máximo de partidos políticos possíveis, não é preciso gente que pense igual a gente, mas que defenda a democracia e a constituição, essa será a nossa principal bandeira, não o protagonismo do PCdoB;, ressalta Perpétua.
A respeito da PEC de capitalização dos estados na nova etapa da reforma da Previdência, a deputada não acredita na retomada da discussão. ;Foi retirada exatamente porque não existia acordo para votar. Nosso entendimento é de que cada estado deve discutir a sua reforma, qual é a sua realidade, qual é o tamanho dos seus problemas.; Ela aposta na reforma tributária como grande passo para a melhoria da estagnação econômica. ;É possível a gente melhorar e economia do país com uma reforma tributária igualitária, mas o governo também tem que fazer a sua parte.;, diz.
*Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende.