Bolsonaro citou as cifras gastas por empresários com esse tipo de publicação. "As grandes empresas gastavam com jornais em média R$ 900 mil por ano. Vão deixar de gastar isso aí. Eu tenho certeza de que a imprensa vai apoiar isso aí. Obra de uma caneta BIC ou Compactor", disse nesta terça-feira em cerimônia de abertura do 29; Congresso Expofenabrave, em São Paulo.
Continua obrigatória a divulgação, em jornais de grande circulação, os editais públicos, de concursos e as licitações. Os efeitos da medida foram, mais tarde, questionados pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que afirmou ter dúvidas sobre ser essa a decisão "mais adequada".
Ainda em discurso, Bolsonaro ironizou o possível impacto da decisão nas mídias impressas. "Eu espero que o Valor Econômico sobreviva à medida provisória de ontem", afirmou. "Eu quero que a imprensa venda a verdade para o povo brasileiro e não faça política partidária, como vêm fazendo alguns órgãos de imprensa", destacou o presidente.
Até agora, as contas por parte das empresas deveriam ser, obrigatoriamente, publicadas em ;jornal de grande circulação editado na localidade em que está situada a sede da companhia;, segundo a Lei das Sociedades Anônimas, Art. 289, Capítulo XXV, n; 6.404 de 1976, atualizada pela Lei no 9.457 de 1997.
Elvis Presley
A abertura contou com o Hino nacional cantado por um cover de Elvis Presley. Ao deixar o local, Bolsonaro saiu aos gritos de ;mito;, sem falar com os jornalistas.