O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, ironizou ontem, em Paris, o que chamou de ;urgência capilar; que levou o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a cancelar uma reunião com ele, prevista na segunda-feira passada.
O presidente brasileiro, descontente com a decisão do chefe da diplomacia francesa de reunir-se com representantes de ONGs ; a maioria, críticas a Bolsonaro ;, cancelou o encontro no último minuto, alegando ;questões de agenda;, e publicou um vídeo no Facebook enquanto cortava o cabelo no horário em que estava programada a reunião com Le Drian.
;Todo mundo conhece as restrições próprias das agendas dos chefes de Estado. Ao que parece, houve uma emergência capilar. Essa é uma preocupação que é estranha para mim;, declarou Le Drian, em uma referência irônica a sua calvície, em uma entrevista ao Journal du Dimanche.
Ele considerou a visita ao Brasil ;muito positiva;. ;Tive encontros com meu colega, com a sociedade civil brasileira, em particular com ONGs, mas também com a sociedade civil econômica. Também me reuni com governadores de vários estados. A França tem o interesse de conversar com o Brasil, com todos os brasileiros;, afirmou.
Bateu, levou
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, acusou, no Twitter, Jair Bolsonaro de mentir sobre os problemas médicos na ilha e criticou o que chamou de submissão do brasileiro à gestão do novo aliado, Donald Trump. Poucas horas depois, Bolsonaro também respondeu, no Twitter, lançando novas críticas ao programa cubano: ;O ditador cubano recebeu R$ 1 bilhão do Brasil, pelo trabalho de 10 mil ;profissionais da saúde;, que viviam em condições semelhantes à escravidão;, escreveu. ;A mamata acabou, agora, esses recursos serão utilizados para nossa saúde com o programa Médicos para o Brasil;, acrescentou.