Renato Souza
postado em 25/07/2019 16:21
Walter Delgatti Neto, um dos presos pela Polícia Federal sob a acusação de invadir o celular de autoridades, usava a conta no Twitter para compartilhar notícias publicadas na imprensa sobre os diálogos entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores da Lava-Jato, divulgados pelo site The Intercept. Além disso, ele criticava o governo atual e exaltava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na rede social.
[SAIBAMAIS]Em depoimento à PF, na manhã desta quinta-feira (25/7), Delgatti disse ter repassado ao jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, os diálogos que apontaram comportamento suspeito do então juiz Sergio Moro ao julgar os casos da Lava-Jato. Pelo Twitter, Greenwald disse que não comenta sobre suas fontes, mas chamou de "verdadeira" a informação de que as mensagens foram passadas de forma anônima e sem cobrança de dinheiro ; outra das afirmações do suspeito à PF.
[SAIBAMAIS]Em depoimento à PF, na manhã desta quinta-feira (25/7), Delgatti disse ter repassado ao jornalista Glenn Greenwald, do Intercept, os diálogos que apontaram comportamento suspeito do então juiz Sergio Moro ao julgar os casos da Lava-Jato. Pelo Twitter, Greenwald disse que não comenta sobre suas fontes, mas chamou de "verdadeira" a informação de que as mensagens foram passadas de forma anônima e sem cobrança de dinheiro ; outra das afirmações do suspeito à PF.
A conta de Delgatti foi criada em 2010 e ficou ativa até 4 de agosto de 2011. Nessa época, as postagens se limitavam a comentários corriqueiros sobre ações do dia a dia, como comer e dormir. Depois de um período de quase oito anos, o suspeito voltou a postar em 27 de maio passado, duas semanas antes de o Intercept publicar o primeiro conjunto de diálogos envondo Moro e procuradores da Lava-Jato.
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Postagens frequentes
A partir dessa data, os tuítes foram frequentes, a grande parte deles com repercussões sobre o vazamento das conversas e críticas ao governo Bolsonaro e demonstrações de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além do compartilhamento de mensagens publicadas por parlamentares do PT.Delgatti retuitou, por exemplo, uma mensagem do deputado Helder Salomão (PT-ES) afirmando que as declarações de que era perseguido, ditas por Lula, estavam sendo provadas. Em maio, quando os diálogos ainda não eram públicos, o suspeito publicava críticas às manifestações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro e à reforma da Previdência. A frequência em que publicava no Twitter aumentou após a revelação sobre o caso.