O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o governador da Bahia, Rui Costa (PT), trocaram acusações, nesta terça-feira (23/7), sobre a presença de policiais militares na inauguração do novo aeroporto no estado baiano.
Logo no início da manhã, Bolsonaro usou o Twitter para lamentar a decisão de Rui Costa de não mandar policiamento ao local. ;Estou de partida para Vitória da Conquista para inauguração de aeroporto. Lamentável a decisão do governador da Bahia que não autorizou a presença da Polícia Militar para a nossa segurança. Pior ainda, passou a responsabilidade de tal negativa ao seu Comandante Geral;, escreveu o presidente.
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Em resposta, também na rede social, o governador postou um vídeo em que afirma não haver a necessidade da PM. ;Se o Goveno Federal fechou o aeroporto e excluiu o povo, colocando o exército lá dentro, pra que ainda precisa da PM?;, questionou.
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Em entrevista à rádio Metrópole, da Bahia, o governador também rebateu o presidente da República. "Eu não posso colocar policiais militares para espancar o povo baiano, que quer conhecer o aeroporto". E continuou: "Quem é impopular e tem medo de ir para as ruas, fica no seu gabinete. Que as forças federais cuidem do presidente. Ele não confia no Exército? Ele foi do Exército e não confia no Exército?", questionou mais uma vez.
Rui Costa cancelou a presença no evento
Nessa segunda-feira, também via Twitter, Rui Costa afirmou que não irá participar não vai participar da cerimônia de inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista (BA). O governador afirmou que cancelou presença porque ele se transformou em ato político-partidário, se referindo à presença de Bolsonaro.
O embate entre Rui Costa e Bolsonaro se dá na esteira da polêmica causada pela fala de Bolsonaro sobre os nordestinos, na última sexta-feira (19/7), quando o presidente chamou eles pejorativamente de "paraíbas".
Ainda no vídeo, Rui Costa diz que tem profundo orgulho de ser nordestino."Infelizmente, confundiram a boa educação com covardia e, desde então, temos presenciado agressões ao povo do Nordeste e ao povo da Bahia", lamentou.
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