Um integrante da Sociedade Secreta Silvestre (SSS) ; grupo terrorista que já praticou pelo menos três atentados à bomba em Brasília e é procurado pela Polícia Federal há seis meses ; foi entrevistado pela revista Veja e revelou que a organização planeja matar o presidente da República. O terrorista identificado como Anhangá estabeleceu contato pela deep web ; uma área ;clandestina; da internet irrastreável usada por criminosos ; por orientação do grupo e contou detalhes. De acordo com ele, o SSS, que se exibe como ;braço brasileiro; do Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), o plano de matar o presidente Jair Bolsonaro é esboçado desde o momento em que foi eleito.
A execução, segundo o integrante, estava planejada para o dia da posse, mas o esquema de segurança montado pela polícia e pelo Exército dificultou o andamento da ação, fazendo com que a missão fosse adiada. ;Vistoriamos a área antes, mas ainda estava imprevisível. Não tínhamos certeza de como funcionaria;, relatou.
Após a ameaça ao presidente, a Polícia Federal decidiu, ainda em dezembro, pôr no caso os melhores agentes da seção antiterrorismo. Os policiais já seguiram várias pistas e chegaram a prender três suspeitos, mas os integrantes do grupo ainda não foram identificados. Anhangá desafiou: ;(Eles) são incompetentes (...). Não somos meros amadores, dominamos técnicas de segurança, de engenharia, de comportamento social. (...) Discutimos internamente com membros de outros países.;