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TRF-4 decide que desembargadores Thompson Flores e Gebran podem julgar Lula

Decisão é da 4ª Seção do mesmo tribunal, que rejeitou pedido de suspeição apresentado pela defesa do ex-presidente Lula

A 4; Seção do Tribunal Regional Federal da 4; Região (TRF-4) negou, na tarde desta quinta-feira (18/7), dois pedidos de suspeição apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e João Pedro Gebran Neto.

No pedido enviado à Corte, a defesa do petista alegava que os dois magistrados seriam suspeitos para julgar Lula e pediam o afastamento de ambos no caso do sítio de Atibaia, pelo qual Lula já foi condenado em primeira instância. A requisição dos advogados foi negada por quatro votos a zero.

Thompson e Gebran integram a 8; Turma do TRF-4, responsável por julgar os casos da Lava-Jato em segunda instância. O primeiro atua como relator e, em 10 de julho já havia recusado a se considerar suspeito.

Entre os argumentos apresentados pelos advogados de Lula, foi citada a atuação de Thompson Flores para que a Polícia Federal não soltasse o petista após o desembargador Rogério Favreto ter determinado sua soltura, em julho do ano passado.

Pedido de adiamento

Antes do julgamento, os advogados solicitaram que o julgamento fosse adiado, alegando tramitação em tempo muito inferior que o normal, o que teria prejudicado o trabalho da defesa. "Não há que se falar em normalidade processual em razão da repentina indicação de julgamento da Exceção em processo que teve parecer apresentado ontem [terça-feira]", dizia a petição. A desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, porém, não concordou com os argumentos e manteve o julgamento.