Para o presidente, Eduardo estreitaria a relação entre Brasil e Estados Unidos, devido a boa relação do deputado com a família do presidente americano, Donald Trump. Bastaria telefone simples para que o norte-americano ouvisse Eduardo, argumentou o presidente, que disse ainda ter certeza de que Trump aprova a ideia.
Bolsonaro também exemplificou a vantagem de indicar o filho usando uma situação hipotética com o presidente argentino, Mauricio Macri: "Imagina se o filho do Macri fosse embaixador no Brasil. Ligando para mim, quando ele seria atendido? Amanhã, semana que vem ou imediatamente?", indagou.
O presidente elogiou ainda o inglês do filho e se preocupou em ressaltar as qualidades do deputado, lembrando que foi bem votado e que ganhou notoriedade recentemente ao "rodar o mundo". E disse que Eduardo só fritou hambúrguer nos Estados Unidos para financiar a estada nos Estados Unidos.
Voto de Flávio no Senado?
Apesar das críticas que a indicação têm gerado, o governo não dá sinais de que vai desistir da ideia e já mapeia os votos favoráveis a Eduardo na Comissão de Relações Exteriores e Segurança Nacional (CRE) do Senado, responsável por endossar ou não a indicação do presidente da República para a embaixada.
Um dos votos favoráveis a Eduardo pode vir do irmão Flávio (PSL), senador pelo Rio de Janeiro e suplente na comissão. Segundo o presidente da comissão, Nelsinho Trad (PSD-MS), não há nenhum impedimento regimental que o proíba de votar. A CRE tem 18 senadores e é dividida exatamente ao meio entre governistas e oposição.