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'Procurador tenta criminalizar doação oficial de campanha', diz advogado de Aécio

O advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), comentou a entrevista com Rodrigo de Grandis, na qual o procurador diz que "já existem muitos elementos indicativos de crimes contra a Administração Pública" cometidos pelo parlamentar e que os mesmos não são crimes eleitorais. "O Procurador da República Rodrigo de Grandis, além de demonstrar um reprovável juízo antecipado e equivocado de culpa, pretende claramente criminalizar doações oficiais de campanha, regulamentadas e regularizadas pela legislação então vigente", diz o advogado em nota. "É absolutamente temerário sustentar a ocorrência de um suposto crime de corrupção porque, ao realizar doações de campanha, o empresário, no seu íntimo, pretendia um benefício incerto, indeterminado e que sequer sabia o que seria. A valer a lógica defendida pelo Procurador, toda e qualquer doação de campanha, ainda que oficial e declarada, seria criminosa.Isso é um verdadeiro absurdo", escreveu. "Também, há clara tentativa de burlar as regras de competência, ignorando as próprias palavras dos delatores que textualmente disseram que se tratariam de valores para campanha eleitoral. Por fim, é lamentável que um Procurador da República venha a público, no nascedouro de uma investigação que se calca apenas em delações, fazer afirmações gravíssimas e não comprovadas", finaliza. Aécio Neves é alvo de um inquérito em São Paulo que apura oito casos de "doações" de dinheiro do empresário Joesley Batista ao parlamentar.