Apesar do imprevisto, Ramos manifestou que, se a indicação prosperar, ele trabalhará no Senado para que a nomeação seja chancelada pelos senadores. Mesmo sendo filho do presidente, o ministro minimizou a polêmica e disse não ver problemas de nepotismo, argumentando que Eduardo é deputado federal e, em outros governos, outros parlamentares foram nomeados embaixadores. ;É um jovem dinâmico e preparado;, destacou, em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira (12/7).
O ministro ressaltou, no entanto, desconhecer se a indicação de Eduardo foi sugerida e dialogada previamente com o governo norte-americano, um princípio diplomático. Embora tenha defendido o direito de Bolsonaro em se manifestar, ponderou que as declarações poderiam ter sido feitas na próxima semana. ;Podia ter anunciado na semana do recesso? Talvez. Deu polêmica, reconheço, saiu na imprensa. Deram direito, margem, para o pessoal falar durante a votação (dos destaques na Câmara, ontem);, analisou.
A possibilidade de Eduardo ser o embaixador em Washington pode nem acontecer. Ramos minimizou o assunto ao lembrar que Bolsonaro citou ainda no início do mandato que gostaria de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. ;E onde ela (embaixada) está hoje?;, questionou o ministro, em referência ao recuo do governo.