Questionado pelos jornalistas, nesta quinta-feira (11/7), o presidente Bolsonaro voltou a falar em reeleição. ;Eu nunca trabalhei pensando em reeleição como parlamentar. Se a gente pensar em reeleição, a gente vai dizer sim para todo mundo. E o caminho do sucesso, como disse alguém no passado, ele não sabia, mas sabia do fracasso, é dizer sim para todo mundo;, disse, ao comentar o que seria o preço a ser pago pela reeleição.
"Se o Brasil entrar nos trilhos lá na frente, a gente decide no momento. Tenho um apoio enorme de muitos setores da sociedade. Eu acho, não posso falar bem de mim, que estou fazendo o possível perto daquilo que nós recebemos. Em grande parte, o Temer (ex-presidente Michel Temer) ajudou o Brasil na reforma da CLT" (Consolidação das Leis do Trabalho na reforma trabalhista de 2017).
Mudança de ideia
Ao ser questionado sobre por que teria mudado de ideia desde a eleição, Bolsonaro afirmou que, na época da campanha eleitoral, condicionou a reeleição à reforma política. ;Eu falei na campanha que, com uma boa reforma política, eu jogo na mesa a não reeleição. Não tem nenhum bobo aqui. O mais bobo aqui, acho que sou eu. Você acha que os nossos governadores aceitariam a não reeleição? Nós temos bons governadores, você acha que eles não aceitariam? Botar só para presidência, e não para governador?;, questionou. ;Pode ser que sim, não sabemos como será 2026.
Quando perguntaram ao presidente se ele analisava a possibilidade de ter um vice evangélico em uma possível disputa por uma reeleição em 2022, Bolsonaro respondeu: ;não quero queimar o Mourão agora (vice-presidente Hamilton Mourão), e chegou a parabenizar o vice-presidente por não falar com a imprensa nos últimos dias. Mourão tem sido criticado por integrantes do governo por suas declarações, consideradas polêmicas. ;Quero parabenizar o Mourão por estar há uma semana sem falar com a imprensa;, disse.