A aprovação do texto-base da reforma da Previdência foi recebida por governistas como um atrativo para novos investimentos no país, enquanto a oposição atribuiu o resultado à liberação, pelo Palácio do Planalto, de recursos de emendas para os deputados. O secretário especial da Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, se disse confiante de que o texto proporcionará o impacto fiscal esperado. ;A preocupação desde o início, não só nossa, mas dentro do Parlamento, inclusive, é de que não haja impactos relevantes no nosso resultado fiscal. Tanto é assim que nós estamos, dentro das próprias emendas que estão sendo destacadas e que são consensuais, buscando alternativas para compensar ou minimizar eventuais desidratações;, afirmou.
Segundo ele, a esperada economia de R$ 1 trilhão é fundamental ;para que o país possa resgatar sua capacidade de investimento no que é mais importante para a população, ou seja, em educação, saúde, infraestrutura, ações sociais, uma vez que o Estado brasileiro perdeu essa condição;.
Para o vice-líder do governo na Câmara, Darciso Perondi (MDB-RS), a aprovação resulta de um trabalho forte e intenso do Parlamento com o Executivo. Segundo ele, a reforma será boa ;para as crianças, para as mulheres, para os negros, que são os que mais sofrem com as desigualdades, e para os desempregados e empregadores, que não aguentam mais pagar imposto;.
Investimentos
O parlamentar prevê que a reforma atrairá muitos investidores ao país. ;Haverá uma fila de investidores nacionais e internacionais para investir no país. Eles vão acreditar que o Brasil pode honrar seus compromissos e pagar suas dívidas. Então, com a vinda do dinheiro dos investidores haverá geração de emprego;, afirmou. ;Hoje (ontem), é um dia de vibrar esperança, confiança, motivação de que nós podemos ter um Brasil melhor.;
O deputado José Guimarães (PT-CE), por sua vez, ressaltou que, apesar do resultado da votação, a oposição deve se considerar vitoriosa. ;Primeiro, que não é o resultado que a sociedade pensa e espera. No Nordeste, 59% é contra essa reforma, e no Brasil, é meio a meio. Eu considero que, depois de tudo, do consenso nacional, midiático e de governo, no toma lá, dá cá, aqui dentro, nós chegarmos com metade da população brasileira contra a reforma, e eu me considero vitorioso;, frisou. Para ele, ;essa reforma não terá efeito nenhum na economia brasileira;.