postado em 10/07/2019 21:55 / atualizado em 20/11/2020 10:44
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que encerrou a sessão de reforma da Previdência porque os parlamentares já estavam confusos em relação ao impacto fiscal. De acordo com ele, os esforços foram concentrados no mérito, que é o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 6, mas não se organizou os votos com os parlamentares. Ainda restam 17 destaques para serem avaliados.
"O formato do governo não ter uma articulação maior acaba desorganizando as informações. Tinham deputados que estavam falando que votariam de um jeito, mas o impacto seria de outro jeito. Então votariam contra. Então o problema é que as pessoas estavam mal orientadas sobre o mérito da matéria", declarou. A sessão será retomada nesta quinta-feira (11/7) às 9h da manhã. No mesmo horário também ocorrerá reunião de líderes.
De acordo com ele, como o mérito da reforma demorou muito para ser votado, os lideres desmobilizaram. "As pessoas não estão entendendo direito qual o impacto deste primeiro destaque, muito menos vão saber dos outros. Então, tem que parar, reunir os líderes para que cada um organize suas bancadas para que possa ter o resultado que é relevante para que a reforma possa avançar", defendeu Maia.
Ele afirmou ainda que haviam destaques com forte impacto fiscal na proposta, o que o levou a encerrar a sessão. Maia disse, porém, que não ficou chateado com a desarrumação. "A desarticulação acontece, porque ficou todo mundo concentrado no texto principal. Com muita expectativa e nenhum de nós parou para organizar os destaques. Para perder os destaques que gere um prejuízo na economia, é melhor parar e reorganizar amanhã de manhã", declarou.
Apesar de encerrar antes do esperado, Maia declarou que não há expectativa de atraso na reforma. "Quando o plenário está com maioria, ele toca o dia inteiro como foi hoje", declarou. "(Finalizaremos) Até sexta a noite ou sábado de manhã. Vamos trabalhar", completou. O presidente da Câmara apontou ainda que a Câmara dos Deputados foi protagonista na aprovação da proposta.
Repercussões:
Presidente Jair Bolsonaro:
"Cumprimento a Câmara dos Deputados, na pessoa do seu Presidente @RodrigoMaia, pela aprovação, em 1° turno (379x131), da PEC da Nova Previdência. O Brasil está cada vez mais próximo de entrar no caminho do emprego e da prosperidade. GRANDE DIA!"
Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
"Por 379 a 131 acaba de ser aprovado o texto base da reforma da previdência. Agora votaremos os destaques. Vale lembrar que ainda falta votar o 2º turno na Câmara e as 2 votações no Senado. O Brasil começa a trilhar o caminho da prosperidade. – em Câmara dos Deputados"
Ministro Luiz Eduardo Ramos (SEGOV/PR):
"Estou muito feliz pela APROVAÇÃO, em primeiro turno, do texto-base da Nova Previdência no plenário da Câmara dos Deputados. Parabenizo, primeiramente, o nosso Presidente Jair Bolsonaro que conseguiu dar esse grande passo em apenas seis meses de governo. Não posso deixar de parabenizar o principal general da Casa, deputado Rodrigo Maia, o ministro Onyx Lorenzoni pela condução de todo processo, o secretário Rogério Marinho pelo trabalho e todo o exército de deputados e deputadas do nosso parlamento".
Deputado Alexandre Molon (PSB-RJ):
"Um resultado muito ruim para o Brasil. Votamos CONTRA essa proposta de Reforma da Previdência aprovada, pois ela é cruel contra os trabalhadores que mais trabalham e menos ganham. #ReformaInjusta"