O porta voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou na tarde desta quarta-feira (10) que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) acompanhou a votação da reforma da Previdência por meio da TV e do Whatsapp, além do contato com os líderes da bancada do partido, Joice Hasselmann, Major Vitor Hugo e no senado, Fernando Bezerra.
[SAIBAMAIS];Ele vem mantendo contato por meio de Whatsapp com líderes e deputados exonerados dos cargos de ministros para compartir com outros congressistas a oportunidade de fazer a história do país com a aprovação da nova previdência;, disse o porta-voz.
Barros afirmou ainda que Bolsonaro acredita que a reforma será o primeiro passo para a economia voltar a crescer, depois será necessário estruturar o desenvolvimento com uma série de medidas como a reforma tributária, a desburocratização e propostas da equipe econômica do governo que permitirão a geração de emprego e renda, além de investimento em saúde, infraestrutura, saneamento e educação.
Sobre os pedidos para atendimento das demandas dos policiais, de flexibilização das regras de transição para policiais federais e rodoviários federais na reforma, o porta-voz ressaltou que Bolsonaro foi cientificado. ;Eu pessoalmente mantive contato com o Major Vitor Hugo. Esse movimento em prol dos policiais está para ser analisado pela Casa, mas o presidente reforça que o mais importante é a aprovação da nova previdência dentro de um contexto maior de apoio à sociedade para alavancar economicamente o país;
Perguntado sobre uma possível reinclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, caso ela avance para o Senado, o porta-voz do governo enfatizou que essa decisão cabe ao Congresso.
"O presidente já deixou claro que essa questão de estados e municípios é, neste momento, da alçada do Congresso Nacional, em especial da Câmara. Ele não vai tecer comentário ou vai colocar seu poder, como gerente do Executivo, nessa questão", acrescentou.
Líder evangélico no STF
Barros ainda abrandou o discurso do presidente nesta quarta-feira (10), sobre a intenção de indicar um ministro ;terrivelmente evangélico; ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante uma participação em sessão solene em homenagem aos 42 anos da Igreja Universal, Bolsonaro voltou a externar o desejo de ter um representante evangélico no STF. ;Trata-se de uma força de expressão do nosso presidente. Ele citou a frase de Damares ;o ESTADO é laico, mas esta ministra é terrivelmente cristã;.
O porta-voz afirmou que não há um nome escolhido porque, no momento, não há vaga aberta. A previsão é de que surja em 2020. Ao ser questionado se a fala fere o Estado laico, o porta-voz disse que o presidente pretende escolher alguém com perfil que esteja alinhado com os princípios evangélicos.
;O senhor presidente é o guardião da Constituição. E, pessoalmente, ele a respeita e a protege também. Quando o presidente cita especialmente um ministro evangélico, ele gostaria de expressar pessoas que têm respeito, confiabilidade, conhecimento técnico nesse aspecto conhecimento jurídico e que possam colaborar, somar àquela bela equipe que é a equipe do Supremo Tribunal Federal, para a condução da Justiça da nossa sociedade e do nosso país;, afirmou.
Barros ressaltou ainda que o presidente Bolsonaro e o ministro Moro comemoraram que a Comissão de Constituição e Justiça - CCJ do Senado aprovou um projeto de lei que criminaliza o caixa 2 nas eleições. O placar foi de 17 votos a dois e manteve a pena prevista no pacote anticrime do ministro Sergio Moro: de dois a cinco anos de prisão.