Heleno esteve em audiência na Casa para dar esclarecimentos sobre o sargento preso na Espanha carregando 39 quilos de cocaína em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que dava apoio às comitivas presidenciais em viagem de Estado.
Parlamentares questionaram o general sobre as críticas feitas por Carlos Bolsonaro e por seguidores de Olavo de Carvalho, o guru do presidente, contra o GSI ; responsável pela segurança do chefe do Executivo e pela escolha da equipe que o acompanha nas viagens.
;Convivo com ele (Carlos). É extremamente traumatizado pelo atentato que buscou modificar a situação política do Brasil;, disse o general, emendando, ao tratar de Olavo: ;se eu encontrar com ele na rua, nem sei quem é. Meu tempo é precioso. Não dedico a ele meu tempo. Não me atinge em nada;.
Após as declarações do ministro, Carlos Bolsonaro respondeu pelo Twitter que é traumatizado com ;o que pode acontecer com um presidente honesto em uma nação historicamente administrada por bandidos;.
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"Mancha imagem do país"
Sobre a droga apreendida, o general disse tratar-se de um episódio que ;mancha a imagem do país;. ;Vergonha nós já passamos há muito tempo. Essa foi só mais uma;, declarou, dizendo que foi completamente pego de surpresa e que a tripulação costuma ser escolhida ;a dedo;.
Embora Heleno tenha defendido que a comitiva presidencial costuma ser definida por escolha curricular, o ministro fez o mea-culpa. ;A responsabilidade é nossa, conjunta, do GSI e do Comando da Aeronáutica. Isso nos atingiu profundamente. Não é oratória, é verdade;.
O general Augusto Heleno aproveitou para criticar a atuação do PT no Planalto, dizendo que o caso é fruto da leniência dos governos anteriores com o combate às facções criminosas. ;Estamos seriamente contaminados por organizações criminosas a ponto de transformar um problema de segurança pública em problema de segurança nacional;.