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Brasília-DF



O bloco dos ;sem Joesley;

A oposição tentou dar à divulgação de áudios de procuradores da Lava-Jato o mesmo peso que teve, em 2016, a conversa do então presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista e, assim, adiar toda e qualquer discussão da reforma da Previdência. Não conseguiu. Porém, nem tudo são flores para o governo. A parte dos deputados que espera a liberação das emendas ao Orçamento estava disposta a lutar até a madrugada para adiar a votação. Tudo para levar o governo a garantir o empenho de quase R$ 2 bilhões que faltam para completar os R$ 4 bilhões das emendas de liberação obrigatória. Ao mesmo tempo, pretendem assegurar que não haja um ;cheque sem fundo;, ou seja, que as emendas não sejam lastreadas em rubricas que não têm receita para honrar os compromissos assumidos.

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Da mesma forma que a oposição não conseguiu transformar o caso Deltan em algo capaz de paralisar a reforma, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também não conseguiu conter os deputados ávidos por recursos para suas bases eleitorais. Como disse certa vez o deputado Marcelo Aro, ;isso não é toma lá dá cá, é dar discurso para que o deputado possa justificar o voto em favor de uma reforma que exige sacrifícios de todos;. É nesse pé que o governo continuará hoje a batida pró-reforma.


Fiquem tranquilos

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem dito a amigos que não costuma usar áudios. Portanto, se houver algum que lhe diga respeito nessa nova temporada dos diálogos do site The Intercept, ele considera que não haverá nada comprometedor. O procurador Deltan Dallagnol, entretanto, era dado a usar essa facilidade.

Mulheres, policiais e professores

Esses são os pontos que mais preocupam deputados favoráveis à reforma. Quanto à população, avisam, até aqui, não houve grandes manifestações na porta do Congresso contra o texto. As maiores contra o governo, até agora, foram em favor de recursos para as universidades públicas.

O tempo de Rodrigo

A expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se conseguir concluir os dois turnos da votação da reforma previdenciária esta semana, é poder adotar o discurso de que a Casa fez a sua parte, aprovando as novas regras para aposentadorias. E, de quebra, poder afirmar com todas as letras que a bola está nos pés do ministro da Economia, Paulo Guedes. E não adianta chorar porque não houve capitalização. Afinal, o Parlamento, até aqui, não reduziu demais a economia de recursos.

O tempo de Marcelo

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, escolheu 6 de agosto para ir ao Senado falar sobre laranjas do PSL e outros assuntos da pasta, porque, até lá, conforme calculam os integrantes do partido, essa história estará mais clara. Álvaro repete dia e noite que não tem nada contra ele nem vão encontrar nada que o incrimine.

Mais leves/ Tanto o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o 01, quanto o deputado Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP), o 03, estão mais à vontade no Congresso. Flávio estava solto na sala de café dos senadores, durante a degustação de queijos artesanais, enquanto o irmão defendia a vaquejada no plenário da Câmara.

Aliás.../ A vaquejada conseguiu colocar do mesmo lado os deputados Eduardo Bolsonaro, do PSL, e Renildo Calheiros, do PCdoB de Pernambuco. Há quem diga que foi a única vez em que os dois discursaram em defesa do projeto em votação.

Moro é gostosinho/ Calma, pessoal! É o vinho Moro, da uva merlot, da casa João Moro, de Montes Belos (RS), na região próxima a Gramado (RS). A bebida começou a fazer sucesso ontem, no Senado, na degustação da produção gaúcha e de queijos artesanais de várias regiões do país. A senadora
Soraya Thronicke (foto), do PSL de Mato Grosso do Sul, provou o vinho e gostou. Com todo o respeito!

Por falar em Moro.../ Agora, sim, vamos ao ministro da Justiça, Sérgio Moro: Ele e a esposa, Rosângela, foram nomeados conselheiros do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado. Ele, como representante do governo e ela, da sociedade. Epa! Olha o nepotismo voluntário aí. Quem preside o Conselho é a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.