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Em meio a acusações de parcialidade, ministro Sérgio Moro tira férias

De acordo com publicação no Diário Oficial da União, ministro se afastará do cargo, em licença não remunerada, entre 15 e 19 de julho

Em meio a acusações de parcialidade na Operação Lava-Jato, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, se afastará do cargo entre 15 e 19 de julho, de acordo com o Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (8/7).

Na publicação no DOU, é informado que ele "tratará de assuntos pessoais". Procurada pelo Correio, a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou que o ministro vai tirar férias, mas, como começou a trabalhar em janeiro e ainda não adquiriu esse direito, está tirando uma licença não remunerada, com base na Lei 8.112.
O afastamento foi autorizado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. "Esclarece-se que o afastamento, sem vencimentos, acontece nos termos do artigo 81, VI, da Lei 8112/90. O ministro estará de férias, e o secretário executivo Luiz Pontel responderá interinamente pelo ministério no período", informou a pasta.

Acusações de parcialidade

Diálogos pelo celular atribuídos a Moro e a procuradores da operação Lava-Jato, divulgados pelo site The Intercept Brasil, levantam suspeitas de que Moro ultrapassou os limites do papel de juiz, atuando em parceria com a acusação em processos que julgou.

Em entrevista ao Correio, no último domingo, o ministro se defendeu e afirmou que não vai entregar o cargo. Ele disse que se reconhece em alguns diálogos, mas levanta a possibilidade de as conversas terem sido adulteradas. Moro também afirma que os vazamentos dos diálogos são uma reação à Lava-Jato e revanchismo daqueles que foram atingidos pelas investigações e julgamentos.