Depois do recuo de líderes partidários em aceitar acordo sobre regras de aposentadoria diferenciada para policiais, o presidente Jair Bolsonaro voltou a articular para buscar um consenso com as lideranças. Em duas ocasiões, nesta quinta-feira (4/7), ele apelou para que deputados apoiem a inclusão de destaques relacionados ao tema.
Primeiro, apelou para a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Depois, para todos os parlamentares presentes, em solenidade de posse do novo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, na qual estiveram boa parte dos parlamentares da Frente Parlamentar Evangélica.
O presidente destacou que a concessão de regras diferenciadas aos policiais não é privilégio, sejam militares ou federais. "A certeza que tenho, em sendo policial militar, é uma classe que nunca teve privilégio em momento nenhum. O que queremos e precisamos dos senhores é consolidar essa decisão que já conversei agora há pouco com o (presidente da Câmara) Rodrigo Maia, que está tendo participação especial na questão da Previdência de modo que acertemos as questões das PM, bem como da PF e PRF", destacou na solenidade.
A certeza, adiantou Bolsonaro, é que todos terão alguma cota de sacrifício. "Todos nós contribuiremos para que se busque uma solução para a questão fiscal, para que o Brasil saia da situação bastante complicada que se encontra. E a participaçaõ do Ramos é colaborar na busca dessa solução", declarou. Mais cedo, em reunião com a FPA, ele antecipou o pedido de apoio. ;Estamos discutindo a Nova Previdência e estamos com problema na questão de polir policiais militares, também federais e rodoviários;, disse.
Privilégio
Aos ruralistas, Bolsonaro enfatizou que policial militar nunca teve privilégio no Brasil. "Então, qualquer discurso voltado para mudanças pra policial militar que se fale em restabelecer privilégios não é verdade. E eu apelo aos senhores nessa questão específica. Vamos atender que seja em parte porque os policiais militares são mais do que os nossos aliados. São aqueles que dão suas vidas por nós todos brasileiros. O mesmo tocante à Polícia Federal e PRF;, disse.
O presidente admitiu erros e pediu união para contornar os equívocos na articulação. "Nós, eu, governo, erramos, e dá para resolver essa questão através do bom senso dos senhores. Eu peço por favor o discurso de alguns como se nós quiséssemos privilegiar também PF e PRF, não procede. São pessoas aliados nossos e também nunca tiveram privilégio no Brasil. Então, apelo a esse bom senso que eu faço a todos os senhores nessa questão Crítica que não é de fácil solução devido aos vários interesses que existem dentro da câmara, que eu conheço tão bem quanto os senhores que estão aqui;, suplicou Bolsonaro.