"Nessa viagem ao Japão agora (para a cúpula do G-20), fiz uma solicitação a ele (Trump). Talvez ele compareça à América do Sul, onde reuniríamos presidentes de países que abandonaram a esquerda e foram para o centro ou centro-direita", disse Bolsonaro em breve discurso.
O presidente brasileiro reafirmou a intenção de seu governo em estreitar cada vez mais os laços com os EUA. "A história diz que nas últimas décadas estivemos um pouco afastados. O nosso governo veio para deixar de lado o viés ideológico. Veio para se aproximar de vários países outros, com ideologia semelhante, na busca de dias melhores para todos nós", disse.
Bolsonaro também se comparou com Trump: "Nesses seis meses de mandato, tive o prazer de encontrar duas vezes com Donald Trump. Eu o conheci durante as primárias, e o que ele sofreu lá eu já sofri aqui, no período pré-eleitoral. E a população entendeu, contrariando especialistas e pesquisas, fazer exatamente o contrário, fazer aquilo que seus corações determinavam".
Outras palavras muito ressaltadas por Bolsonaro foram democracia e liberdade. "Brasil e Estados Unidos, nos momentos mais difíceis da história do mundo, estiveram juntos, como na 2a Guerra Mundial, onde combatemos o fascismo. Graças à vitória dos aliados, nós conseguimos respirar democracia e garantir algo tão importante quanto a própria vida: a nossa liberdade", discursou.
Tofolli e ministros
Em um gesto raro para presidentes brasileiros, Bolsonaro decidiu ir ao tradicional evento de comemoração da Independência dos Estados Unidos, realizado na véspera do 4 de julho pela embaixada americana em Brasília.Acompanhado da primeira-dama, Michelle, Bolsonaro estava descontraído e chegou a posar como astronauta em painel montado no jardim da embaixada, ao lado de um astronauta de verdade, o ministro de Ciência, Marcos Pontes. Também estavam presentes o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e membros do primeiro escalão do Executivo, como os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).