Rodolfo Costa
postado em 03/07/2019 13:02
O ;pacto de entendimento; entre os Três Poderes subiu no telhado. O ;tratado;, que seria assinado entre os presidentes do Executivo, Judiciário e Legislativo foi abortado. É o que sinalizou o presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (3/7), ao sugerir que o trabalho de articulação a ser desempenhado pelo futuro ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Ramos, ajudará a resgatar a credibilidade das instituições sem a necessidade de assinatura de um pacto assinado em papel. [SAIBAMAIS] A ideia do pacto foi detalhada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em 28 de maio, como resposta aos protestos de 26 de maio em defesa ao governo e a Bolsonaro, que colocaram o Congresso -- personificado pelo Centrão -- e o Supremo Tribunal Federal (STF) como principais alvos. A previsão é que o pacto fosse formalizado ;na semana do dia 10 de junho;. Fato que não aconteceu, foi postergado e, agora, ao que parece, não será assinado.
O pacto seria assinado por Bolsonaro, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do STF, Dias Toffoli. ;Nós não precisamos de pacto assinado no papel. O pacto que precisamos com o poder Legislativo e o poder Executivo é o nosso exemplo de votarmos matérias e de apresentarmos proposições que fujam do populismo. Que estimulem a cada um e seja realmente responsável em receber aquilo que recebe pelo suor do seu rosto. Pela competência por sua dedicação. O que nós queremos e podemos fazer com a nossa união é um Brasil melhor para todos. E isso tem que sair do papel;, declarou o presidente.
Afagos
A frase foi sucedida de declarações sobre Ramos, que exercerá a articulação política no lugar de Onyx. ;O senhor terá um dos ministérios mais importantes, que é fazer a articulação com nosso Parlamento. E tenho certeza que, com sua presença, pelo seu passado de assessor parlamentar, principalmente, ajudaremos e muito a resgatar a credibilidade de nossas instituições;, ponderou.
O pronunciamento foi permeado por momentos de afagos ao Parlamento e ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), potencial candidato às eleições de 2022. ;Obrigado parlamentares, deputados e senadores, que entendem, assim como o Executivo, que a nossa união é a chave do sucesso do nosso Brasil;, declarou. ;Prezado governador João Doria. Sabemos as dificuldades que qualquer governador tem para conduzir o destino do seu estado. Parabéns pela forma como conduz o seu, o meu, o nosso estado de São Paulo. É difícil, mas cumpriremos essa missão. A reforma da Previdência atenderá a todos;, destacou.