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Brasília-DF


O desafio de unir o PSL

A manifestação dos policiais em frente ao Planalto terminou chamando o presidente Jair Bolsonaro de ;traidor; e fez balançar o apoio do PSL à reforma previdenciária. O esforço daqui para frente será no sentido de unir o partido a votar o texto integral. Afinal, a legenda à qual o presidente é filiado tem que dar o exemplo para as demais.

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A coluna registrou, há meses, que o governo de Jair Bolsonaro teria com o seu partido o mesmo problema que o ex-presidente Lula teve com o PT, quando a Previdência esteve em debate. Nos tempos petistas, Heloísa Helena e um grupo de deputados deixaram a sigla e formaram o PSol. Resta saber o que farão os integrantes que não concordam com as propostas do governo.


Por onde passa boi...

Senadores pressionam o governo sobre cargos, porque começaram a ver dois pesos e duas medidas nas indicações. A direção da Sudeco, por exemplo, contou com o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Agora, muitos consideram que a porteira está semiaberta. Ainda não passa boiada, mas;


Por falar em Bolsonaro;

Ele abriu a reunião dos ministros, ontem, citando o caso de Marcelo Álvaro (Turismo). ;O governo tem que ser um só. Se o governo não ficar junto, o próximo pode ser qualquer um. Qualquer coisinha, a imprensa vem para cima. Hoje é o Marcelo, o Moro. Querem atingir a mim, ao governo;, disse o presidente, segundo relatos de ministros.


; ninguém sai

A forma como ele se referiu ao ministro do Turismo deixou gente na sala com a certeza de que Bolsonaro vai seguir à risca o que disse anteriormente: só demite o ministro do Turismo se houver alguma prova cabal contra ele. Para completar, o ministro pediu licença para não integrar a lista dos que iriam ao jogo do Brasil, porque tem de ir a Mato Grosso do Sul lançar o Investe Turismo.


O climão na Casa

Levantamento da consultoria Arko Advice com 113 deputados de 24 partidos: a maioria, 76,1%, acredita que a reforma será aprovada. Metade prevê que a economia ficará entre R$ 800 bilhões e R$ 1 trilhão. São 513 deputados, apenas 113 foram ouvidos. Porém, a sensação geral é de aprovação, inclusive entre parlamentares de oposição.


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Heleno pulou fogueira I/
O PT bem que tentou convocar o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno (foto), para que ele explicasse aos senadores por que foi à manifestação de apoio a Sérgio Moro, que teve, entre um dos focos, a defesa da intervenção militar e o fechamento do Congresso.

Heleno pulou fogueira II/ O único partido que apoiou foi a Rede. Os demais não viram necessidade sequer para um convite. ;Ele estava lá como cidadão e não como ministro;, defendeu o senador Major Olímpio, com apoio dos partidos de centro e até de alguns da oposição.

Artistas na luta I/ Um grupo de músicos foi ao Senado para pedir encarecidamente que o novo plano nacional de turismo não isente hotéis e motéis do pagamento de direito autoral por música nos quartos. ;As pessoas precisam entender que as músicas têm autores e que eles vivem disso;, afirma a cantora Sandra de Sá.

Artistas na luta II/ O projeto ainda não está em votação no plenário, mas é certo que o tema vai esquentar no segundo semestre. Sandra pergunta: ;Será que os hotéis vão baixar a diária ou deixar de cobrar dos compositores?;