O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta terça-feira, 2, que a "principal suspeita" em torno do vazamento de supostas mensagens atribuídas a ele e à força-tarefa da Operação Lava Jato é de que tenham vindo de "criminosos que receiam que as investigações possam chegar até eles".
"O que existe é uma invasão criminosa de hackers a aparelhos celulares de agentes públicos. Esses elementos probatórios que foram colhidos nem podem ser chamados de provas porque são ilícitos. Não está demonstrada a autenticidade dessas mensagens. O site se recusou a apresentar essas informações a uma autoridade independente. Poderia tê-lo feito desde o início", disse Moro.
"O que existe é uma tentativa criminosa de invalidar condenações. E o pior, minha principal suspeita é de que o objetivo principal seja evitar o prosseguimento das investigações. Criminoso que receiam que as investigações possam chegar até eles e que estão querendo se servir desses expedientes para impedir que as investigações prossigam", disse Moro.
O ministro da Justiça e Segurança Pública participa nesta terça de uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados para falar sobre o vazamento de supostas conversas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol.
As conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil teriam acontecido quando Moro ainda atuava como juiz federal em Curitiba. Por causa delas, Moro tem sido alvo de críticas por sua conduta na Operação Lava Jato. No mês passado, ele prestou esclarecimentos sobre o caso no Senado.
Moro não reconhece a autenticidade das mensagens e diz ter sido vítima de um crime praticado por hackers. Ele diz não ver ilegalidades nos trechos divulgados até agora. No domingo, 30, atos em defesa de Moro aconteceram no País.