Questionado pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o ministro disse que "o país não precisa de heróis, mas de instituições fortes". Tratado como herói da Lava-Jato, Sérgio Moro disse que é constantemente atacado há cinco anos apenas por ter "cumprido o dever como magistrado".
"Nunca senti satisfação pessoal por condenar quem quer que seja", disse, referindo-se à condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusado de receber um tríplex no Guarujá (SP) como propina de construtoras que faziam obras superfaturadas para o governo brasileiro.
Sobre o mesmo assunto, o ex-juiz disse que suas sentenças "fazem parte de um sistema judicial" e que não refletem o trabalho individual, mas, sim, "ilustram o serviço que as instituições prestam à sociedade brasileira".
Moro afirmou que seu trabalho à frente da Lava-Jato, tratada como a maior operação de combate a crimes financeiros do país, "fez com que a população e a sociedade, que tinham perdido a crença de que a lei existe para todos, recuperaram (esse pensamento)". Acompanhe a sessão ao vivo.