A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se pelo prosseguimento da extradição de Lorenzo Gonzalez Martinez e sua "entrega imediata" ao Paraguai. Ele é acusado de participar do sequestro e homicídio de Cecília Mariana Cubas Gusinky, filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas Grau, em 2005.
A extradição de Martinez e de outro acusado pelos crimes, Oscar Luis Benitez, já havia sido autorizada pelo Supremo Tribunal Federal em 13 de novembro do ano passado, seguindo o posicionamento da PGR. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.
O processo estava sobrestado, aguardando análise do pedido de refúgio interposto pelo extraditando. A decisão definitiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que negou o pedido de refúgio, foi publicada recentemente.
Na manifestação, além de requerer a entrega do extraditando ao país de origem, a Procuradoria propõe o envio de ofício ao Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), informando as providências necessárias, "uma vez que o refúgio foi definitivamente negado pelo governo brasileiro".
O caso
Em setembro de 2004, Oscar Luis Benitez e Lorenzo Gonzalez Martinez, com mais quatro pessoas, a bordo de um automóvel, bloquearam a passagem do carro conduzido por Cecília Mariana Cubas Gusinky, a sequestraram e, por diversos meses, ligaram para a família e amigos da vítima exigindo pagamento do resgate.
Mesmo após a entrega da quantia exigida, em fevereiro de 2005, o corpo da vítima foi localizado em imóvel da cidade de Nemby, dentro de uma fossa.