O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), coordenador do Fórum, assegurou ao Correio que discordâncias pontuais não enfraquecem a unidade em torno da proposta de manutenção dos estados na reforma da Previdência. ;A carta dos governadores do Nordeste mostra que eles são favoráveis à reforma e querem que ela se estenda a estados e municípios; apenas querem proteger os mais vulneráveis, caso dos trabalhadores do campo. Eles também entendem que a reforma deve ser uniforme, o que seria muito difícil se houver a necessidade de aprovação nas câmaras de vereadores e assembleias legislativas;, disse o governador do DF.
;Vamos chegar a um consenso, que já está próximo. As discussões continuam antes mesmo da reunião em Brasília, via Whatsapp, como sempre tem sido. O tema é muito importante para o país, estados e municípios. Também vamos traçar estratégias para unir forças com os parlamentares, que não podem ficar como únicos responsáveis pelas mudanças;, acrescentou Ibaneis.
A mobilização dos governadores para manter os estados e municípios na reforma começou depois que vários parlamentares expressaram posicionamento contrário, temendo sofrer desgastes em seus redutos eleitorais pelo fato de a reforma ser uma matéria impopular.
Na reunião desta segunda-feira (10/6) em Brasília, o governador de São Paulo, João Doria, disse que deve haver mais ;convergência; do que ;divergência; sobre a reforma da Previdência. ;A maioria dos governadores apoia a reforma e a manutenção de estados e municípios na proposta original do ministro [da Economia] Paulo Guedes;, afirmou Doria.
Para ele, o encontro deve fechar uma posição que talvez não envolva todos os governadores, mas certamente terá ampla maioria. ;A busca é pela convergência, pelo entendimento. E está muito próximo de chegarmos a esse patamar com uma maioria expressiva;, afirmou o governador, que também foi perguntado por jornalistas sobre as possíveis consequências da divulgação, pelo site Intercept Brasil, de diálogos entre Moro, e integrantes da força-tarefa da Lava-Jato.
;É cedo para avaliar. Temos primeiro que certificar e não precipitar manifestações, decisões e muito menos juízos. É o momento de ter um pouco de cautela, até termos informações mais concretas, antes de fazermos qualquer avaliação;, disse o tucano.