A medida foi motivada pela divulgação de conversas pelo celular realizadas por Dallagnol com o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, e entre os procuradores que atuam na operação. Segundo o site The Intercept Brasil, responsável pela divulgação, as conversas indicam sugestões de Moro sobre como proceder nas investigações e até mesmo a indicação de possíveis testemunhas. As conversas teriam ocorrido antes da primeira condenação do ex-presidente Lula, a quem Moro sentenciou a mais de nove anos de prisão.
Também, um outro procedimento administrativo foi aberto contra Dallagnol nesta segunda-feira, para apurar suposta intervenção na eleição para presidente do Senado Federal. Em uma série de tuítes, ele teria feito contrapropaganda em relação ao candidato Renan Calheiros (MDB-AL).
Dallagnol se defende
Mais cedo, Dallagnol se manifestou na internet. Em um vídeo publicado no YouTube (veja abaixo), o procurador afirma que a Lava-Jato sofreu um ataque criminoso e diz que não cometeu nenhuma irregularidade. "É muito natural que advogados e procuradores conversem com o juiz mesmo sem a presença da outra parte", afirmou.
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Desde a divulgação das conversas, diferentes juristas e entidades se manifestaram. Enquanto associações que representam juízes e procuradores saíram em defesa de Moro e da Lava-Jato, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi mais crítica e pediu a o afastamento de Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.