[SAIBAMAIS]Segundo o site, uma fonte anônima repassou um conjunto de conversas mantidas por Moro, então juiz federal, com o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, por meio do aplicativo Telegram. Foram publicados também diálogos entre os procuradores. O Intercept publica trechos em que Moro teria passado a Dellagnol o contato de possíveis testemunhas, sugerido a torca de ordem nas operações que ainda seriam realizadas e até mesmo perguntado se a Lava-Jato não estava demorando muito para fazer uma nova operação.
Ao ser perguntado sobre o assunto, Moro também questionou a autenticidade das conversas, embora não tenha desmentido a veracidade das informações. "Não tem nenhuma orientação ali naquelas mensagens. E eu nem posso dizer que são autênticas porque, veja, são coisas que aconteceram, e se aconteceram, foram há anos. Eu não tenho mais essas mensagens. Eu não guardo, eu não tenho registro disso. Mas ali não tem orientação nenhuma", disse.
Para o ministro, as conversas entre juiz e procuradores são algo normal. "Veja, os juízes conversam com procuradores, conversam com advogados, conversam com policiais. E isso é algo normal. Se houve alguma coisa nesse sentido, são operações que já haviam sido autorizadas e isso é questão de logística de saber como fazer."
Moro, no entanto, ficou nitidamente incomodado com as perguntas, abandonando a coletiva de imprensa depois de os jornalistas tocarem no assunto. "Senhores eu vim aqui para falar do Amazonas e se não tem pergunta a esse respeito eu encerro", concluiu.
Foi a primeira vez que Moro falou com a imprensa sobre o assunto. No domingo, o ministro divulgou nota na qual disse que "não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado".
Para especialistas ouvidos pelo Correio ainda no domingo, os diálogos indicam um comportamento, no mínimo, antiético dos envolvidos. Para Conrado Gontijo, criminalista e doutor em direito penal pela Universidade de São Paulo (USP), se for confirmada a autenticidade das mensagens, será um dos maiores escândalos da história do país. ;Se houve este tipo de comunhão entre o Poder Judiciário e o Ministério Público é uma violência ao estado democrático de direito;, afirmou.
Já o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, preferiu questionar a divulgação das conversas e reafirmar a confiança do governo em Sérgio Moro. "Vou responder de forma muito simples, conversa privada é conversa privada, descontextualizada ela traz qualquer número de ilações. Ministro Moro é um cara da mais ilibada confiança do presidente, é uma pessoa que dentro do País tem um respeito enorme por parte da população, visto as pesquisas de opinião sobre a popularidade dele", disse Mourão. Com informações da Agência Estado.
Foi a primeira vez que Moro falou com a imprensa sobre o assunto. No domingo, o ministro divulgou nota na qual disse que "não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado".
Autoridades e juristas reagem
A divulgação das conversas fez com que, na noite de domingo e ao longo desta segunda-feira, juristas e políticos se manifestassem, tanto para sair em defesa de Moro e da Lava-Jato quanto para criticar a postura do então juiz e dos promotores.Para especialistas ouvidos pelo Correio ainda no domingo, os diálogos indicam um comportamento, no mínimo, antiético dos envolvidos. Para Conrado Gontijo, criminalista e doutor em direito penal pela Universidade de São Paulo (USP), se for confirmada a autenticidade das mensagens, será um dos maiores escândalos da história do país. ;Se houve este tipo de comunhão entre o Poder Judiciário e o Ministério Público é uma violência ao estado democrático de direito;, afirmou.
Já o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, preferiu questionar a divulgação das conversas e reafirmar a confiança do governo em Sérgio Moro. "Vou responder de forma muito simples, conversa privada é conversa privada, descontextualizada ela traz qualquer número de ilações. Ministro Moro é um cara da mais ilibada confiança do presidente, é uma pessoa que dentro do País tem um respeito enorme por parte da população, visto as pesquisas de opinião sobre a popularidade dele", disse Mourão. Com informações da Agência Estado.