Segundo a Polícia Militar (PM), um menino de 12 anos e um de 10 anos foram arremessados para fora de um brinquedo conhecido como ;Barca Viking;. Ainda de acordo com a polícia, o operador do brinquedo disse que as crianças ficaram em pé, contrariando as normas de segurança. Durante o movimento de vai e vem do barco, o menor de 12 anos foi lançado ao chão. Já o menino de 10 anos ficou pendurado pelo pescoço, preso ao cinto de segurança. Acompanhadas dos pais, as crianças foram levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Pronto Socorro da cidade.
Em entrevista ao em.com.br na manhã desta segunda-feira, a estudante Larissa Ramos Brandão, de 22 anos, falou sobre o que ocorreu no brinquedo. Ela tentou resgatar o menino de 10 anos e sofreu um corte na perna no acidente. Segundo ela, o tempo no brinquedo já estava acabando quando eles ouviram o barulho de uma corrente. Pessoas disseram que o som teria sido causado pelo rompimento de um cabo de sustentação. ;Um dos meninos que caiu foi lançado para fora e logo depois, no outro movimento de vai e vem, o segundo menino ficou pendurado com o cinto de segurança pelo pescoço. Tentei puxá-lo de volta, mas não consegui e ele caiu também;, relatou. ;A gente começou a gritar para o operador da barca frear, mas ele falou que tinha perdido o freio. Ele saiu correndo para o lado da barca, não sei se para ver os meninos ou uma parte da máquina para conseguir frear. Ele só foi aparecer de novo quando todo mundo tinha descido. Ela estava mais acelerada quando isso aconteceu;, contou.
De acordo com Larissa, foi preciso 10 homens para segurar a parte de trás do brinquedo e pará-lo. ;No que a gente desceu, eu percebi que tinha cortado a perna mais ou menos na altura do joelho. Fui levada de ambulância e a médica deu três pontos no ferimento. Os dois meninos foram levados para lá também. Um fraturou a costela e o outro foi para Varginha fazer uma tomografia;, contou. Policiais colheram a versão dela ainda na unidade.
Segurança
A estudante disse que o brinquedo não estava cheio quando o acidente ocorreu. Ao contrário do operador do equipamento, ela nega que houvesse pessoas de pé no brinquedo. ;Eles não ficaram em pé, nem os outros que estavam na barca estavam fazendo graça ou colocaram o braço para fora. Eu estava atrás deles;, afirma. Ela também questionou a segurança da atração. ;O cinto de segurança fica embaixo dos braços, na região da cintura. Ele não tem ajuste. Se a pessoa for mais gorada ou pequenininha não tem apoio;, comentou. Larissa também lembrou que em 2016 um menino também morreu ao cair do brinquedo de um parque, mas não sabe se é o mesmo que está na cidade agora.
Depois do acidente, funcionários da Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí isolaram o parque. Todos os frequentadores foram retirados uma perita de Pouso Alegre esteve no local. Consta no boletim de ocorrência que o proprietário ;alegou possuir toda a documentação exigida pelas autoridades competentes para o funcionamento do parque e que irá apresentá-las quando solicitado;. O em.com.br entrou em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura da cidade por e-mail e aguarda resposta.