No debate, deputados e governadores falaram do peso político da reforma e da importância de outros governadores dividirem o ônus com os parlamentares para garantir a aprovação do texto com o mínimo de custo eleitoral. Outro tema importante debatido foi a presença dos professores na reforma. A possibilidade de excluir a categoria poderia aumentar o apoio popular à PEC.
O encontro teve como principais vozes os governadores de Alagoas, Renan Filho, e do Pará, Helder Barbalho. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que confirmou presença no debate, não compareceu. "A bancada está coesa com a votação da reforma da Previdência com as ressalvas que foram colocadas, tirando o BPC e os rurais (do texto). Queremos um debate com mais profundidade para os professores e uma regra de transição. Majoritariamente, a bancada prefere, em ato político, que estados e municípios sejam retirados da proposta, mas essa era uma posição muito clara antes dessa reunião. A bancada foi sensível pelos argumentos dos dois governadores", afirmou Baleia Rossi.
Reunião com relator
O líder pedirá ao relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), que faça a leitura do parecer após a reunião com governadores, que ocorre na próxima terça (11/6). ;Se vamos ter uma reunião com todos os governadores, acredito que o Congresso deveria aguardar. Acho que 800, 900 bilhões de economia mostra que o parlamento também está preocupado com o futuro do país e a retomada da economia", concluiu.
O líder pedirá ao relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), que faça a leitura do parecer após a reunião com governadores, que ocorre na próxima terça (11/6). ;Se vamos ter uma reunião com todos os governadores, acredito que o Congresso deveria aguardar. Acho que 800, 900 bilhões de economia mostra que o parlamento também está preocupado com o futuro do país e a retomada da economia", concluiu.
Helder Barbalho argumentou, por sua vez, que a retirada dos estados e municípios levaria algumas localidades a pedir suporte financeiro ao governo federal posteriormente. "A manifestação dos governadores do MDB é compreendendo que é fundamental que a nova Previdência possa ter repercussão nos estados e municípios. Não seria correto e, acima de tudo, efetivo para a saúde fiscal dos estados e da federação separar e apartar. Isso geraria uma dificuldade imensa em um momento em que 5 mil estratégias previdenciárias seriam feitas nos municípios e 27 em cada estado", argumentou Helder Barbalho.
"Hoje tivemos um avanço importante na reunião, que foi discutir a necessidade de os governadores virem ao Congresso Nacional e apresentarem de maneira clara, pública, o seu posicionamento no desejo que tenhamos uma reforma da previdência única no país;, acrescentou Renan Filho.