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''Desemprego pode tornar DF uma das áreas mais violentas do país''

Avaliação é do deputado distrital Chico Vigilante, em entrevista ao programa CB.Poder

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) afirmou, nesta quarta-feira (5/6), que o Distrito Federal corre o risco de se tornar uma das regiões mais violentas do país se o problema do desemprego persistir por muito mais tempo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no primeiro trimestre, o total de desempregados em Brasília chegou a 233 mil, maior número nos últimos sete anos.

"A situação é dramática. Nós poderemos nos tornar uma das áreas mais violentas do país em função de toda a degradação que existe, mas, especialmente, em função da questão do desemprego, que é gravíssima", afirmou Vigilante, ao participar do programa CB.Poder, parceria do Correio com a TV Brasília (assista a íntegra abaixo).

Para lidar com o problema, o distrital disse que o PT tem apoiado todas as medidas do governador Ibaneis Rocha (MDB) que "sejam positivas para destravar a economia do DF". "Você não vai conseguir resolver a taxa de desemprego aqui se você não atrair empresas de fora, dar condições para que elas se instalem em Brasília e passem a gerar emprego em Brasília", afirmou. O parlamentar, porém, disse que as medidas do governo federal têm dificultado a retomada dos investimentos e que o GDF se equivoca ao seguir alguns pontos da "cartilha do (ministro da Economia) Paulo Guedes".

O governo Bolsonaro, por sinal, foi alvo de muitas críticas de Chico Vigilante, que considerou o projeto de lei que altera o Código Brasileiro de Trânsito, entregue na terça-feira por Bolsonaro à Câmara dos Deputados, um exemplo da "regressão" que o país vive. "Ele (Bolsonaro) está conversando, se dirigindo e governando para um terço da população: os que o elegeram ou os que pensam assim que nem ele. Sessenta por cento ou mais da população não aceita essas medidas", analisou.

O distrital petista também foi crítico à relação entre o Planalto e o Congresso. "O que se tem é um presidente que não respeita o Congresso. Tem que conversar com todo mundo, se não, não governa", afirmou, ressaltando que a falta de diálogo com o Parlamento foi uma das falhas da ex-presidente Dilma Rousseff. "O parlamentar muitas vezes não quer nada, só quer ser respeitado. Não é que a Dilma não respeitou, mas não teve o diálogo necessário que tinha que ter. Ela achou que era só mandar as medidas e deixar que o Congresso apoiaria de qualquer jeito. E não é assim. Ou você dialoga ou você cai. Eu digo isso sempre", acrescentou.

Governo Agnelo

Ao ser questionado sobre os erros cometidos por seu partido, tanto na esfera nacional quanto na local, Chico Vigilante disse: "É claro teve gente que errou, e quem errou deve ser punido. Agora, se há alguém que não pode ser punido é o Lula. Nem sempre o presidente sabe de tudo que está acontecendo, e todos nós sabemos disso", defendeu.

Sobre Agnelo e a má impressão que a gestão deixou sobre o eleitorado do DF, o distrital disse que houve erro de comunicação. "No caso do Distrito Federal, nós erramos. Não tivemos condição de divulgar o que a gente fazia. O maior erro foi a comunicação. Quando o Agnelo assumiu o governo, só tinha uma creche pública, e nós entregamos (o governo) com 36 creches inauguradas e mais 17 a serem inauguradas. Cuidamos das escolas, de todas as áreas viárias, fizemos recapeamento e tudo. Entretanto, o que aparecia era o problema crônico da saúde, que a gente não deu conta de resolver e piorou nos outros governos", disse.

Confira a entrevista na íntegra:

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*Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende