Em e-mail aos jornalistas da Casa, obtido pelo site da revista Veja e confirmado pelo jornal O Estado de S.Paulo, a direção de jornalismo diz que o termo é usado "pejorativamente para designar alguns partidos que poderiam ou não entrar na base do governo".
A circular diz que o "rótulo" é uma "abstração" e não existe formalmente como bloco de atuação na Câmara. O texto afirma ainda que "a mídia comercial" usa o termo para "tornar mais compreensíveis" os movimentos políticos na Câmara, "em especial no que diz respeito a votações". "Sem contar que a expressão virou um carimbo que em boa medida coloca no mesmo saco fisiológico prerrogativas legítimas dos deputados - como a liberação de emendas parlamentares, por exemplo", diz o texto.
O Estado apurou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não foi consultado sobre a proibição antes da distribuição da circular. Nas últimas semanas, líderes do Centrão têm intensificado as críticas ao termo. A insatisfação chegou ao DEM, que, por meio do seu presidente, ACM Neto (BA), verbalizou que o partido "não faz parte e nunca fez" do bloco.