De acordo com a denúncia, Collor atuou para que a BR Distribuidora firmasse contratos com a empresa Laginha Agro Industrial, que pertence a João Lyra. O senador mantém relações profissionais, familiares e de amizade com o executivo. Os fatos relatados teriam ocorrido em 2010, quando Collor era candidato a governador e o empresário concorria a uma vaga de deputado federal. Os contratos não levaram em consideração que a empresa de Lyra estava em crise financeira, aponta o MPF.
Reuniões
As investigações apontam que, em 2010, houve uma reunião na sede da BR Distribuidora, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Collor e o empresário falaram da necessidade da compra futura da safra de álcool, no valor de R$ 1 bilhão. No entanto, a negociação foi barrada por técnicos da empresa."O presidente da BR Distribuidora, que estava presente à reunião, assegurou ao senador que seria encontrada alternativa para o pedido, o que acabou sendo viabilizado por meio de três contratos, negociados e firmados em tempo recorde. O primeiro foi assinado em 9 de julho, apenas dez dias após a reunião na sede da BR Distribuidora", aponta o Ministério Público.
Ainda de acordo com a investigação, José Zônis, então diretor de operações logísticas da empresa estatal, foi apontado como principal executor dos contratos firmados.