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Sem acordo, líderes do Senado discutem há duas horas votação sobre Coaf

Líderes do Senado já estão reunidos há duas horas para tentar um acordo em torno da votação da reforma administrativa. Pelo menos cinco bancadas ainda defendem alterar o texto da Câmara e manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, elevando o risco de a medida provisória perder a validade. Na reunião de líderes, PSD, Podemos, Rede, PSB e PROS insistem em votar o item do Coaf separadamente e ainda exibir no plenário o voto de cada parlamentar. O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, recuou e cedeu ao apelo do Planalto para aprovar o texto da Câmara. No encontro, Major Olimpio (PSL-SP) não escondeu a indisposição com o posicionamento, de acordo com relatos. Mesmo que haja votação sobre o Coaf, senadores afirmam que não há votos para reverter o texto dos deputados. Lasier Martins (Pode-RS), integrante de um dos partidos que apresentou o pedido para o Coaf ficar com Moro, afirmou que haveria somente 20 a 25 votos dos 41 necessários para que o órgão continue nas mãos do ministro Sergio Moro. Carta Durante a reunião de líderes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), leu uma carta do presidente Bolsonaro pedindo que os senadores votem a reforma administrativa conforme o texto da Câmara, tirando o Coaf do Ministério da Justiça. Conforme relatos feitos reservadamente, Alcolumbre reforçou o apelo do Planalto citando o risco de o texto ser alterado, voltar para a Câmara e caducar. A carta foi assinada por Bolsonaro e pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça). Alcolumbre teria destacado ainda que esta é a primeira vez que um presidente da República faz um gesto como esse para pedir recuo dos congressistas em nome de manter a reestruturação administrativa.