O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que a Previdência virou uma ;fábrica de privilégios; no Brasil e disse estar confiante de que o Congresso aprovará as medidas que alteram o sistema. ;Acredito que implementaremos a reforma da Previdência com a desejada potência fiscal;, disse em discurso na capital paulista, recebendo aplausos dos mais de mil executivos e autoridades presentes. A expectativa do governo é de economia fiscal de R$ 1,2 trilhão em 10 anos.
Guedes afirmou que tem havido muito ruído no dia a dia, muita turbulência, e pediu aos presentes: ;Não se deixem levar por esses sinais;. Ele justificou que o Brasil viveu mais de 30 anos com um regime político, que agora, no governo de Jair Bolsonaro, está mudando e, por isso, os ruídos diários. ;Somos democracia vibrante, vigorosa, poderes são independentes.;
O ministro disse que, logo após a aprovação da reforma da Previdência, o governo vai ;deflagrar; um conjunto de medidas de estímulos à economia. Ele citou como exemplo a simplificação de tributos federais, na reforma tributária; as privatizações e a quebra do monopólio em segmentos do petróleo e gás que vão atrair investimentos privados para o setor. ;O Rio de Janeiro vai virar o Texas;, brincou o ministro ao falar das perspectivas do setor de petróleo e gás.
Ele explicou que, se medidas de estímulo fossem anunciadas antes da aprovação da reforma, corria-se o risco de se criar um movimento de ;voo da galinha;, ou seja, começava-se um ciclo de investimento que seria interrompido em seguida pela incerteza com o avanço da agenda.