O ministro da Educação, Abraham Weintraub, retornou a Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (22/5), e durante a audiência na Comissão de Educação, se recusou a pedir desculpas por usar o termo ;balbúrdia; ao se referir as universidades federais. ;Eu não tenho problema nenhum em pedir desculpas, mas esse não;, disse Weintraub em resposta ao deputado Marcelo Freixo (PSOL).
[SAIBAMAIS]O parlamentar foi um dos que pediu para que o ministro se retratasse com os estudantes e professores do Brasil. ;Na minha casa, educação pública nunca foi sinônimo de balburdia. [...] É preciso que o senhor peça desculpas e reveja seu posicionamento de tamanho desrespeito a educadores desse país;, pediu Freixo, que disse que se sentiu ofendido.
Esta foi a terceira vez que o ministro esteve no Congresso para esclarecer os contingenciamento anunciados na verba das universidades e instituições federais de ensino superior.
Na ocasião, Weintraub defendeu novamente que os efeitos do contigenciamento só poderão ser vistos em setembro e que acredita que irá encontrar uma solução até lá. ;Os primeiros problemas são a partir de setembro. Se a gente conseguir resgatar o dinheiro da Petrobras que já está internalizado no Brasil, que foi roubado e recuperado, já é um grande alívio para as contas;, disse.
Na última semana, Weintraub foi convocado para comparecer ao Plenário da Câmara dos Deputados na última semana. No discurso, o ministro adotou um tom mais duro e culpou governos passados pelo contigenciamento.
Na Comissão de Educação, o ministro voltou a alfinetar os governos passados. ;A época de jogar dinheiro e sem perguntar para onde vai e por quê acabou;, disse se referindo ao dinheiro recuperado da Petrobras.
Ao falar sobre o foco do MEC na educação básica, ressaltado pelo próprio em diversas oportunidades, o ministro usou o vencedor do Prêmio Nobel de 2000 para justificar. ;Quem está justificando investir em educação básica não sou eu não, é o James Heckman que ganhou o prêmio nobel de 2000;, disse.