Depois de apoiar Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial de 2018, o MBL - que tenta criar um partido - se distanciou do governo e adotou uma agenda própria, com a reforma da Previdência à frente.
A ofensiva contra o MBL parte de grupos como Direita São Paulo, Juntos pela Pátria e Movimento Brasil Conservador, além de youtubers alinhados com o Palácio do Planalto. "Todos os movimentos genuinamente de direita estão deveras desapontados com o MBL", disse a representante do Juntos Pela Pátria, Elizabeth Rezende.
Em vídeo divulgado, nessa segunda-feira (20/5), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) disse que o grupo está sendo alvo de "fake news" e de "mau-caratismo". Segundo ele, há postagens ligando o MBL ao atentado a faca sofrido por Bolsonaro em setembro do ano passado. Kataguiri afirmou que vai processar os autores dessas postagens.
Para ele, pautas do ato de domingo, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, são "antiliberais, anticonservadoras e antirrepublicanas". "A gente não vai defender de maneira nenhuma. O problema não está na instituição, está em ações de pessoas que utilizam o poder da instituição para fins pessoais."
O parlamentar chamou ainda os grupos que estão organizando as manifestações de domingo de "adesistas". "O presidente, quando erra, tem que ser criticado. Isso precisa ser pontuado. Não essa idolatria cega, não criar uma seita. Se não, vai ser um PT, uma CUT azul."
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;Bola da vez;
"Fazem ataques a qualquer um que critique o governo. O MBL é a bola da vez", disse um dos coordenadores do MBL, Renato Batista. O MBL optou também por não ir a protestos contra cortes na Educação. "Se a manifestação pró-governo do dia 26 for um fiasco, isso vai potencializar os atos do dia 30 (contra o governo)." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.