O secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse, ontem, que a proposta de reforma da Previdência não será um ;produto final;, porque deverá sofrer modificações no Congresso. Ele negou, porém, informações de que será apresentado um texto alternativo pelos parlamentares, afirmando que eventuais modificações serão feitas em cima do projeto do Executivo. Segundo o secretário, os rumores sobre uma proposta paralela não passaram de ;ruído de comunicação;.
;Esse projeto é importante para o país. É evidente que o que estamos apresentando não vai ser o produto final. Para isso existe o parlamento, existe o processo democrático, e várias pessoas que representam a população vão aperfeiçoar o projeto;, declarou, durante palestra para estudantes do Centro Universitário de Brasília (UniCeub). ;Achamos que a proposta que apresentamos seja a mais adequada, mas nós compreendemos que o parlamento tem a legitimidade, tem a condição de fazer os aperfeiçoamentos que julgar necessário.; Ele destacou que a Comissão Especial que analisa a reforma na Câmara tem realizado audiências públicas para ouvir todos os setores envolvidos com o tema.
Enquanto o presidente da Comissão Especial, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), declarou que o governo não tem maioria para aprovar a reforma, Rogério Marinho disse, na palestra, estar certo de que o projeto de mudanças na Previdência passará no Congresso. ;Vai ser aprovado, sim. E sendo aprovado, é evidente que a gente vai ter uma condição diferente no nosso país;, frisou.