A ser indagado sobre o conteúdo do texto, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro reagiu da seguinte forma: "O texto? Pergunta para o autor. Eu apenas passei para meia dúzia de pessoas". Em seguida, ele se dirigiu a crianças que o aguardavam na porta do Palácio.
Falando às crianças, mas se fazendo ouvir pelos jornalistas, acrescentou: "Meu sonho de ser presidente é para ajudar o Brasil. Tem muita gente ruim no Brasil, sabia? Mas o bem sempre vence o mal", afirmou. "Uma coisa muito importante é a verdade."
O envio do texto repercutiu no meio político, provocando diversas interpretações. Deputados próximos ao presidentes afirmaram ao Blog da Denise que a mensagem foi vista como sinal de que Bolsonaro se sente acuado. Já algumas lideranças partidárias consideram que o episódio mostra uma postura de confrontação com o Congresso, o que elevou a tensão com o Centrão.
General Heleno
Nesta manhã, Bolsonaro recebeu o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que chegou por volta de 9h40 ao Palácio, onde permaneceu por menos de duas horas. Heleno chegou dirigindo o próprio carro, acompanhou a sessão de fotos do presidente e, ao ser perguntado sobre o texto compartilhado, disse "nada a comentar".
A primeira-dama, Michele Bolsonaro, acompanhou o marido no rápido encontro com as crianças. Vestindo camisa da Seleção Brasileira com o número 17 e o nome Bolsonaro grafados, short e chinelo, o presidente abraçou várias crianças enquanto perguntava: "Eu sou um cara legal? Você gosta de mim?". Ele questionou ainda o que elas gostariam que ele fizesse para o Brasil e disse para que obedecessem "primeiro papai e mamãe" e depois as professoras "que ensinam coisas importantes, como português e tabuada".
A maior parte do grupo era formada por crianças de 4 a 12 anos da Escola Classe do SRIA, do Guará. Na conversa, Bolsonaro disse que iria à escola para hastear a bandeira e cantar o Hino Nacional. "Ele está querendo ir, disse que a assessora vai marcar", relatou a vice-diretora da escola, Cárita Alessandra Sá, responsável pelas 108 crianças que foram ao local em dois ônibus.
Com informações da Agência Estado
Com informações da Agência Estado