"Eu vou defender o ministro", disse o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), que vai fazer perguntas para Weintraub. "Vamos mostrar que o contingenciamento de verbas não é corte de recursos. É apenas suspensão. Todos os governos fazem isso e, até agora, a pasta que menos cortou despesas foi a da Educação."
Perondi afirmou que o Ministério da Educação honrou os compromissos até este mês e que, para a situação melhorar, a sociedade deve pressionar o Supremo Tribunal Federal a dar uma "resposta imediata" sobre o decreto que bloqueou 30% do orçamento das universidades federais e dos institutos. O ministro do Supremo Celso de Mello decidiu levar ao plenário da Corte a ação que questiona o decreto presidencial.
"Temos de nos dar as mãos e ir ao Supremo, e não gritar nas ruas", observou o deputado do MDB. Perondi também aproveitou para encaixar a defesa da reforma da Previdência em sua argumentação. "A saída para resolver o problema e assegurar investimentos é a reforma. Não tem outro jeito."
Para o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), Weintraub não precisa de apoio no plenário. "O próprio ministro pode se defender. Ele é extremamente capacitado e preparado. Vai deitar e rolar aqui", comentou Delegado Waldir. O PSL é o partido do presidente Jair Bolsonaro e, com 54 deputados, é a segunda maior bancada, atrás do PT.
Deputado licenciado, Onyx acompanhou Weintraub até a Câmara sentou na segunda fileira do plenário. Ao responder a uma pergunta do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o ministro disse que não é responsável pelo atual contingenciamento nem pelo que chamou de "desastre" da educação básica. Responsabilizou os governos de Michel Temer e de Dilma Rousseff e recebeu vaias, mas alguns aliados do PSL também aplaudiram.