O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) acatou pedido feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e permitiu a quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro e de seu ex-assessor e ex-policial militar Fabrício Queiroz.
[SAIBAMAIS]Segundo o jornal O Globo, o pedido para ter acesso aos dados do filho do presidente Jair Bolsonaro foi feito pelo MP e autorizado em 24 de abril e foi mantido em sigilo até agora. A quebra foi autorizada no período que vai de janeiro de 2007 a dezembro do ano passado. A decisão é de autoria do juiz Flávio Nicolau.
Também eram as contas abertas a esposa de Flávio, Fernanda Bolsonaro, e as filhas de Queiroz, Nathália e Evelyn, além da esposa do ex-policial, Marcia. Mais de 80 ex-funcionários do gabinete de Flávio também terão as informações bancárias apuradas.
Segundo o MP, os investigados são suspeitos de participar de um esquema conhecido como ;rachadinha;, em que um parlamentar fica com parte do salário pago a funcionários de seu gabinete.
"Vazamentos ilegais", diz senador
Por meio de nota, o senador afirmou que suas informações bancárias já haviam sido quebradas no ano passado. O parlamentar criticou o MP do Rio, por ter "vazado informações ilegalmente".
"O meu sigilo bancário já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP/RJ, sem autorização judicial. Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de pagamento, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional, após o chefe do MP, pessoalmente, vazar tais dados sigilosos. Somente agora, quase um ano e meio depois, tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses", diz Flávio Bolsonaro.