Agência Estado
postado em 10/05/2019 14:08
O presidente da República, Jair Bolsonaro, desembarcou às 13h30 em Foz do Iguaçu (PR) para lançar, juntamente com o presidente do Paraguai, Mário Abdo Benitez, a pedra fundamental da segunda ponte da integração, ligando os dois países. O presidente brasileiro chegou na companhia do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. Havia expectativa de que ele falasse com a imprensa ao fim do evento.
A cerimônia acontecia junto ao Marco da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina), com as presenças de autoridades locais e do diretor-geral da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna. Bolsonaro e Benitez se encontram pela segunda vez este ano - a primeira foi em 26 de fevereiro, na posse do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, que participa da solenidade.
A ponte ligando Foz de Iguaçu, no Brasil, a Presidente Franco, no país vizinho, vai custar R$ 456 milhões. Foi assinado documento garantindo repasses de recursos da Itaipu Binacional para custear o projeto desenvolvido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit).
O valor inclui a estrutura da obra, desapropriações e a construção de uma perimetral do lado brasileiro ligando a ponte à BR-277, que retira da área urbana de Foz do Iguaçu o tráfego de caminhões de carga.
A Advocacia Geral da União deu aval à forma de financiamento da obra, que fica pronta em três anos.
O projeto é chamado de segunda ponte em referência à já existente ponte internacional Tancredo Neves, mais conhecida como Ponte da Amizade, ligando a área central de Foz à paraguaia Cuidad del Este.
A construção da nova ponte já foi anunciada pelos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT) em seus respectivos governos, mas não saiu do papel por falta de verba.
O diretor-geral de Itaipu já disse publicamente que o financiamento da ponte não afetará a política de preços de energia da usina. Segundo ele, o remanejamento de convênios e patrocínios que não têm a ver com a missão da empresa garantem parte dos recursos para obra.
Em Foz do Iguaçu, a segunda ponte é reivindicada há 30 anos. A atual está congestionada devido ao tráfego intenso de veículos, mercadorias e pessoas naquela que é considerada a fronteira mais movimentada do Brasil.
Carros e caminhões chegam a levar três horas na travessia para Ciudad del Este. A nova ponte será conectada à Aduana da Argentina, favorecendo a integração também com esse país.