O ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) virou réu pela terceira vez na Justiça Eleitoral em menos de 20 dias. Na nova ação, Pimentel é acusado de comandar um esquema de caixa 2 para financiar sua candidatura a governador em 2014.
A juíza Luzia Divina de Paula Peixoto, da 32ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, aceitou denúncia que aponta o uso de notas fiscais falsas para justificar a doação de valores que ultrapassam R$ 3 milhões. Em sua sentença, a juíza afirma que, além de delações premiadas, a denúncia está pautada em "prova documental, como notas fiscais, planilhas, documentos eletrônicos".
As duas outras denúncias foram aceitas pela mesma juíza. Na primeira, com data de 27 de março, Pimentel é investigado por suspeitas de ter se aproveitado do cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, posto que ocupou durante o governo Dilma Rousseff (PT), para receber recursos para a campanha de 2014. Na segunda denúncia, aceita pela magistrada também em abril, Pimentel teria recebido R$ 1,5 milhão e não declarado o valor à Justiça Eleitoral na campanha que perdeu para o Senado em 2010.
O advogado do ex-governador, Eugênio Pacelli, afirmou que só se pronunciará nos processos. Pimentel foi governador de Minas Gerais entre 2015 e 2018. O petista tentou a reeleição, mas não chegou a ir ao segundo turno. Minas é governada hoje por Romeu Zema (Novo).