"Ele representa um forte corte nos elevados níveis de corrupção da última década e a melhor chance em uma geração para o Brasil avançar em reformas que podem domar o endividamento crescente", inicia o texto, assinado por Ian Bremmer, presidente da consultoria de risco político Eurasia e editor da revista.
Logo na sequência, porém, Bremmer aponta questões e posicionamentos polêmicos de Bolsonaro. "O ex-oficial do Exército também é um garoto-propaganda da masculinidade tóxica, um homofóbico ultraconservador com objetivo de lançar uma guerra cultural e talvez reverter o progresso do Brasil em combater as mudanças climáticas", afirma.
Já nas considerações finais, a força das instituições brasileiras é citada como fator a moderar as posições controversas do mandatário brasileiro. "Brasil segue como um democracia dinâmica, com instituições robustas que limitarão tanto as medidas boas quanto as ruins que ele venha a tomar", escreve Bremmer.
A habilidade - ou falta dela - de Bolsonaro na articulação política foi lembrada. "Se ele pretende deixar algum legado, Bolsonaro terá que aprender a trabalhar com o sistema, de modo a fechar os acordos necessários para avançar sua agenda. O tempo dirá se ele tem a flexibilidade e resiliência de caráter que precisará", finaliza.