A alfinetada mais contundente à corrupção nas gestões petistas ; a tônica da campanha eleitoral ; ficou por conta do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Bolsonaro assinou um termo de compromisso com a integridade pública, ato firmado entre ele, Lorenzoni e os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Agricultura, Tereza Cristina, e da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, para promoção de sistema de gestão de compliance para combater a corrupção na administração pública.
O modelo será aplicado nos ministérios da Saúde e da Agricultura, geridos por dois ministros políticos. Mandetta e Tereza são filiados ao DEM e os únicos, além de Lorenzoni e o ministro da Cidadania, Osmar Terra, que trilharam carreira política no Congresso. A ideia é que eles possam dar o exemplo no combate à corrupção. ;Para, exatamente, mudar a cultura que, durante décadas, foi completamente afastado daquilo que é um bom serviço público, que é servir a cidadania;, disse o chefe da Casa Civil.
Tempo de experimentação
As duas primeiras unidades de integridade e combate à corrupção pelo sistema de compliance terão um tempo de experimentação em torno de quatro a cinco meses nos ministérios da Agricultura e da Saúde. ;As unidades têm como fundamento trazer os princípios do compliance, que regem a integridade, e transformar a cultura interna. Nâo adianta apenas o dr. (Sérgio) Moro (ministro da Justiça) e a Polícia Federal, o nosso Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República (PGR), e os nossos tribunais se dedicarem ao combate de desvios e à corrupção se não mudarmos a cultura de todos aqueles que tratam com a coisa pública;, defendeu Lorenzoni.
O Brasil será o primeiro governo a implementar o compliance na administração direta em dois ministérios, afirmou o chefe da Casa Civil. ;É o primeiro que se tem notícia do México à Argentina que tem dentro de ministérios a organização e a atuação de unidades de integridade compliance de combate à corrupção;, declarou.