Renato Souza
postado em 10/04/2019 18:49
O Ministério Público Federal em Brasília solicitou, nesta quarta-feira (10/4), o fatiamento de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Michel Temer.
Em manifestação enviada à Justiça Federal do Distrito Federal, os procuradores solicitam que sejam separadas em ações diferentes duas acusações que foram apresentadas contra o emedebista.
O ex-chefe do Executivo é acusado de associação criminosa e obstrução de Justiça. A nova manifestação é um reforço das acusações imputadas a Temer em decorrência da mudança de instância da investigação.
Temer foi denunciado pelo procurador Rodrigo Janot, que chefiava o MPF em 2017. Na época, como o investigado ocupava o cargo de presidente da República, a denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e submetida a análise da Câmara. Como os parlamentares rejeitaram a denúncia, o caso foi arquivado até que ele deixasse o cargo. Com o fim do mandato, a investigação foi enviada para a Justiça Federal de Brasília. Os procuradores do DF confirmaram todas as acusações feitas por Janot, procedimento que era necessário para a continuidade das diligências.
Temer é acusado de associação criminosa e de obstrução de Justiça por supostamente tentar comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele nega que tenha tentado comprar o silêncio do ex-deputado ou que tenha tentado interferir nas investigações. As acusações também envolvem os ex-ministros Eliseu Padilha, que ocupou a Casa Civil e Moreira Franco, que chefiou a Secretaria Geral da Presidência.