O líder do Partido Social Liberal (PSL), o deputado delegado Waldir, argumentou que o recado de que o Projeto de Lei que altera as regras para aposentadoria dos militares seria um ;abacaxi; para a articulação do governo com os parlamentares funcionou para melhorar as relações entre o Congresso e o Planalto. ;Eu estava fazendo isso para que o governo refletisse e baixasse as armas. Isso aconteceu ou não? Será que meu recado não foi importante?;, ressaltou. Segundo ele, com as recentes reuniões e o clima mais ameno para as negociações, ;os rumos foram corrigidos;.
O deputado afirmou ainda que a expectativa é que a matéria possa ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - que avalia o mérito constitucional da proposta - dentro do prazo regulamentar. O texto dos militares, contudo, ainda deve ser alterado, segundo Waldir. ;Só queremos fazer a adequação para as outras carreiras assemelhadas que tem o mesmo requisito, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária e a Guarda Municipal que nem está incluída;, criticou.
O deputado considerou produtiva a reunião realizada no Ministério da Economia com líderes parlamentares e o Ministro da Economia, Paulo Guedes. ;A grande vitória é a gente ter o caminho normalizado na CCJ sem discutir o mérito da propostas, apenas a constitucionalidade;, disse.
Waldir considera que é necessário um ;garoto propaganda; para a reforma da Previdência. Segundo ele, precisa ser melhor trabalhado a ideia da propostas não só para a população, como para os parlamentares. ;Pedimos a construção de diálogo e que tem que ter, sem dúvida nenhuma, o garoto propaganda, a divulgação e que o governo aproxime o diálogo com o parlamento;, reforçou. ;Eu acho que todos nós podemos ser o garoto propaganda, mas, sem dúvida, é indispensável a presença do presidente;, completou.
Aviso à oposição
O líder do PSL na Câmara criticou os partidos da oposição que não apoiam a reforma proposta. Segundo ele, deveria ser possível deixar de fora da mudança os estados correspondentes a esses políticos oposicionistas. ;Hoje, a reforma da Previdência vai beneficiar todos os governadores, inclusive, os da oposição. E nós vemos alguns parlamentares falando contra a reforma. Vamos fazer o seguinte: deixa os estados da oposição se a reforma da Previdência atingindo seus polícias e suas estruturas;, ameaçou.
Questionado sobre a viabilidade da proposta, Waldir afirmou que é algo a ser discutido futuramente. ;Vamos dialogar. Vamos ver se é possível ou não, constitucionalmente. Isso é apenas um alerta para os parlamentares que estão fazendo pré-campanha em cima da reforma da Previdência em seus estados;, afirmou.