Os deputados do PSOL protocolaram nesta terça-feira, 2, uma representação junto à Procuradoria-Geral da República contra o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, para cobrar a apuração das responsabilidades pela produção e divulgação de um vídeo em defesa do golpe militar de 1964, distribuído no domingo, 31, por uma rede social do Palácio do Planalto.
No documento, o partido alega que o vídeo foi divulgado na esteira da ordem dada por Bolsonaro para que o dia 31 de março fosse comemorado. A diretriz foi alvo de questionamentos por parte de vários órgãos judiciais e da sociedade civil.
"Nesse sentido, a determinação do presidente da República para que o golpe militar de 1964 seja comemorado e a consequente divulgação do vídeo, assim como a prática de qualquer outro ato oficial no mesmo sentido, atenta contra a Constituição Federal, o ordenamento vigente e os tratados internacionais dos quais o país é signatário", diz a representação.
A bancada do PSOL também protocolou um requerimento de informação na Câmara dos Deputados destinado à Secretaria de Governo para questionar quem elaborou, financiou e com que intenção publicou o vídeo e um requerimento de convocação de Santos Cruz para esclarecer a situação perante a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Casa.